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21 de junho de 2011

A caminho da liberdade

Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional, passará a noite em prisão dinamarquesa e será libertado amanhã, após protesto pacífico na Groenlândia.

Naidoo é levado para a prisão na Groenlândia ©Greenpeace/Jiri Rezac
Após quatro dias na prisão, o diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, foi deportado hoje da Groenlândia. Ele está neste momento voando para Copenhague, onde ele sera mantido na prisão por uma noite. Em seguida ele será levado para Amsterdam, onde será libertado.
Naidoo e seu companheiro ativista Ulvar Arnkvaern foram presos na sexta de manhã, depois de violar a zona de exclusão e escalar a controversa plataforma de petróleo no Ártico, distante 120 quilômetros da costa da Groenlândia. Eles foram indiciados pela invasão. A operadora da plataforma Cairn Energy utilizou fortes jatos de água para tentar evitar que Kumi subisse a escada de 30 metros, mas Naidoo enfrentou os jatos de água congelantes e chegou à plataforma.
Encharcado, ele pediu que Cairn imediatamente suspendesse a perfuração de novos poços de petróleo e deixasse o Ártico. Ele também apresentou aos operadores da plataforma uma lista com 50 mil nomes de pessoas de todo o mundo que enviaram e-mails para a Cairn, pedindo que a companhia publicasse o plano de segurança em caso de vazamento de óleo.
O documento está no centro de uma longa campanha de ação direta no Ártico. Após 90 minutos na plataforma, um helicóptero de um navio de guerra dinamarquês que estava nas redondezas pousou próximo a Kumi e o prendeu. Antes de escalar a plataforma, ele descreveu a campanha para parar as perfurações no Ártico de “uma das batalhas ambientais da nossa era”.
Em carta para sua filha escrita na prisão no último domingo – Dia dos Pais no local – Naidoo explicou por que escalou a plataforma.

"Embora a luta para evitar a destruição no Ártico pareça distante, ela é fundamental para toda a humanidade. O aquecimento global ameaça a vida de milhões e o excesso de derretimento do Ártico faz com que o nível do mar aumente em todo o mundo. Portanto é importante que instiguemos nossos líderes a perseguirem até a última gota de óleo que existe para buscarmos mlehores alternativas."
Kumi, 45 anos, era um jovem líder no movimento antiapartheid na África do Sul, onde ele foi preso várias vezes e acusado de desobediência civil e violação do estado de emergência. Ele viveu ilegalmente no país antes de ser forçado a deixar a África do Sul e viver no exílio no Reino Unido.

26 de maio de 2011

Massacre da motosserra é consumado

Mesmo após a manifestação de ambientalistas para que não fosse aceito o texto com as mudanças do novo código florestal, a Câmara dos Deputados transforma lei de proteção às florestas brasileiras em legislação de incentivo ao desmatamento. 
Mas mesmo diante de todos os esforços dos ambientalistas a Câmara dos Deputados decidiu por 410 votos a favor e apenas 63 contra, os deputados aprovaram mudanças no Código Florestal brasileiro que comprometem a biodiversidade do país e a sustentabilidade da agricultura brasileira. "O Brasil acordou hoje com a notícia do assassinato de um defensor da floresta amazônica", disse Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace, homenageando José Claudio Silva, líder seringueiro morto na véspera da votação na Câmara por madeireiros no Pará. "E foi dormir com a notícia de que a maioria dos nossos deputados aprova o assassinato de nossas florestas".


Greenpeace

Para virar lei, o texto votado na Câmara ainda precisa passar pelo crivo do Senado. Lá, quem sabe, os senadores evitarão repetir os vexames cometidos pelos deputados federais ao longo do processo que terminou com a votaçāo de hoje à noite. Desde o começo dos trabalhos de revisāo do Código, capitaneados pelo autor do projeto de mudança, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), os parlamentares escolheram um lado da questão. E o pior dos lados, o do agronegócio que desmata e abusa dos nossos recursos naturais. Cientistas e proponentes da agricultura moderna, que não mistura produção com desmatamento, mal foram ouvidos  debaixo da cacofonia do interesses rurais atrasados que sequestraram a pauta ambiental do país no Congresso Nacional.

20 de maio de 2011

Um passeio pra lá de perigoso




No dia 16 de maio esta era a informação que estava em grande destaque em alguns jornais do Brasil: ‘’Comboio carregado de urânio tenta entrar em Caetité (BA), é barrado pela população e agora aguarda em posto da polícia militar destino seguro para um material altamente perigoso.’’ Quando lemos pensamos que este problema já esta resolvido, mas o que temos hoje e “Carregamento de toneladas de urânio aguarda há cinco dias um posicionamento oficial para finalmente encontrar um destino seguro, em um claro descaso das autoridades com a segurança da população.’’
E isto esta ocorrendo devido a 13 caminhões apinhados de composto de urânio, material altamente contaminante usado para abastecer usinas nucleares que tentaram entrar em Caetite ( BA), que foram parados em uma unidade de polícia militar de Guanambi, interior da Bahia, a cerca de 800 km de Salvador. A carga tinha como destino o município de Caetité, onde a Indústria Nuclear Brasileira (INB) mantém um programa criminoso de extração de urânio, mas a população de Caitité impediu que o carregamento entrasse.

Mais de três mil pessoas barraram a passagem dos caminhões, que apareceram na entrada do município na noite de domingo para segunda-feira, dia 16 de maio. O cordão humano impediu que a viagem prosseguisse e os veículos terminaram escoltados pela polícia até Guanambi, onde estão parados à espera de uma resolução para o impasse.

O composto de urânio viajou de São Paulo até a Bahia, vindo de uma reserva da marinha em Iperó e serviria, segundo nos informa o portal da INB, para suprir a falta do produto nas minas, que estariam sofrendo de queda de produção. Segundo a INB, o material seria reembalado e, em seguida, enviado à Europa para ser enriquecido.

Os caminhões ainda estão parados pois há dúvidas sérias sobre os níveis de radiação medidos próximos ao comboio e autoridades locais já receberam ameaça de morte. Enquanto isto, silêncio total das autoridades responsáveis. O Greenpeace pede um pronunciamento oficial do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT)

E a população de ambas as cidades rejeita o material, que viajou por cerca de 1500 km de São Paulo sem que sequer uma autorização de transporte oficial tenha sido apresentada.

Representantes de segundo escalão da CNEN, órgão regulador do setor nuclear ligado ao MCT, e da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa responsável pela mineração de urânio na cidade de Caetité, estiveram ontem no local(18/05). Realizaram medição de radiação, mostraram-se tranquilos quanto ao resultado e fizeram até piada com o assunto.

A mesma medição foi realizada por Gilmar Rocha, liderança da Comissão Pastoral da Terra que há um ano monitora os níveis próximos às minas de urânio. Segundo Rocha, os níveis que mediu próximo ao caminhão estão muito acima do que o já visto próximo à mina de Caetité. Graças às denúncias, padre Osvaldino, importante líder local nas questões relacionadas à mineração, recebeu ameaças de morte.

“O urânio é um composto extremamente perigoso, que espalha radioatividade se em contato com o ar, com alimentos, ou com o corpo. Um comboio de caminhões trafegando pelas já inseguras estradas brasileiras e agora sem rumo certo para terminar a viagem demonstra o perigo absurdo que representa o programa nuclear para o Brasil”, diz Pedro Torres, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace.


A população de ambas as cidades está nas ruas. Em Guanambi, a concentração aconteceu pela manhã em frente ao batalhão onde aguarda o comboio. Os moradores foram recebidos por reforço policial: grupamento de operação especial, a temida polícia da Caatinga e a polícia rodoviária federal. Em Caetité, o pedido das ruas é o mesmo, a volta dos caminhões carregados de urânio do local de onde vieram. A contar pelo forte policiamento, as próximas horas prometem alta tensão.

O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, nada disse sobre esta bagunça generalizada. O Greenpeace e a população das duas cidades afetadas pelo descaso do programa nuclear brasileiro pedem este pronunciamento oficial, com respostas às dúvidas que pairam e uma resolução final para o impasse.

“É preciso que haja um entendimento claro sobre, afinal de contas, que carregamento de urânio é este, que há não se sabe quanto tempo esteve em uma área da Marinha em São Paulo, por que veio para Caetité agora, onde estão todos os documentos necessários para este transporte perigoso. Em meio a tantas dúvidas, pedimos que a carga retorne ao seu local de origem e passe por uma inspeção mais apurada lá”, diz Pedro Torres, da Campanha de Clima e Energia.

Peça você também ao Ministro Mercadante que faça este pronunciamento oficial e resolva a questão o mais rápido possível:

Pelo telefone do gabinete: (61) 3317 7505



Por Kamylla Monteiro

28 de abril de 2011

Atuando com a terra



Em comemoração ao Dia Internacional da Terra, os voluntários do Greenpeace no México, Brasil, Chile, Grécia, Holanda, Canadá e Hungria, informa que o prazo para ação por terra é agora!

25 de abril de 2011

Dia Internacional da Terra

Google Images

No último sábado, nossos voluntários fizeram uma atividade no Parque da Cidade em comemoração ao Dia Internacional da Terra. Que é comemorado no dia 22 de abril.

Nossa atividade foi dividida em pintura de uma faixa com ajuda das crianças que passavam por ali, uma conversa descontraída com os pais sobre as campanhas e áreas de atuação do Greenpeace e limpeza de uma parte do Parque.
Muitas crianças aceitaram nos ajudar, pintando suas mãozinhas e carimbando em nossa faixa. Explicamos aos pequenos que era uma forma de ajudar nosso planeta e que precisamos cuidar da Terra agora.

Ter atitudes sustentáveis é uma ótima forma de começar! Confira algumas dicas:

  • Aproveite o sol

Prefira o sol à máquina de secar, assim você reduz a conta de eletricidade e as emissões de CO2.

  • De gota em gota o rio evapora

Feche bem as torneiras e regule o caudal (volume de líquido que atravessa uma certa área por unidade de tempo).

  • Fiscalize

Evite produtos marinhos que comprometem as espécies e os ecossistemas, assim contribuindo na preservação.

  • Plástico faz mal à saúde

Quando for às compras, utilize sacolas de pano em vez de plástico.

  • Seu lixo merece atenção

Recicle o lixo: papel, vidro, plástico, metal, pilhas e matéria orgânica.

  • Deixe os peixes se reproduzirem

Consuma apenas pescados e frutos marinhos acima dos tamanhos mínimos legais, assegurando a sustentabilidade dos recursos marinhos.

  • A pressa é inimiga da perfeição

Na estrada reduza a velocidade de seu carro de 120km para 100km, deste modo, você poupa combustível, diminui as emissões de CO2 e o risco de sofrer acidentes.

  • Tire da tomada

Se todos deixássemos os eletrodomésticos desligados em vez do modo standby, teríamos uma central termoelétrica a menos no país.

  • O brocólis é nosso amigo

A produção de 1kg de carne gasta 40 vezes mais água do que a produção de 1kg de batatas. Seja vegetariano pelo menos uma vez por semana.

  • A luz acaba com o planeta e com seu bolso

Utilize lâmpadas de baixo consumo, além de poupar dinheiro, também reduz o consumo de energia e as emissões de CO2.

21 de abril de 2011

Mobilização online surpresa

Vamos alertar mais uma vez a sociedade brasileira sobre os perigos da energia nuclear?
O acidente radioativo de Chernobyl, o maior da história, completa 25 anos napróxima terça-feira dia 26. Por aqui, as usinas Angra 1 e 2 são inseguras e antiquadas, e corremos o risco de Angra 3 ser construída. 
Faça parte de nossa mobilização online surpresa que acontecerá na próxima segunda-feira, dia 25/04, às 9h da manhã (horário de Brasília) aqui, neste blog.
Convide seus amigos a participar. Espalhe essa mensagem nas suas redes.
Nos vemos na segunda!

18 de abril de 2011

Das florestas para o Congresso

Reunidos em Parintins (AM), agricultores familiares, extrativistas, cientistas e ambientalistas pedem a Brasília que pare a derrubada do Código Florestal.

São dois cenários e uma só história: de um lado, Brasília. Do outro, a Amazônia. Enquanto deputados e representantes do agronegócio tentam derrubar o Código Florestal na Câmara dos Deputados, centenas de ribeirinhos, extrativistas e organizações que representam os povos da floresta estão na cidade de Parintins, no Amazonas, dando o que apelidaram de Grito da Floresta. Após estender uma faixa dizendo “Congresso, desliga a motosserra” no Bumbódromo, onde acontece a tradicional Festa do Boi-Bumbá, eles circularam um manifesto pedindo o fim do desmatamento.


O protesto em Parintins faz parte do evento “Grande Encontro da Floresta, dos Povos e da Produção Sustentável”. Organizado por entidades do movimento social e ambiental que atuam na Amazônia, inclusive o Greenpeace, o encontro tem como meta fortalecer a conservação e a economia da floresta e marcar um pacto pela produção sustentável na Amazônia. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve presente.
O grito somou-se à manifestação de cerca de 3 mil agricultores de base familiar e pequenos produtores rurais em Brasília na semana passada, que foram ao Congresso para pedir a rejeição ao projeto de lei do deputado Aldo Rebelo que muda o Código Florestal. Os manifestantes também defenderam o desmatamento zero e exigiram tratamento diferenciadopara a agricultura familiar, dois itens que estão fora das propostas de mudança no Código Florestal encabeçadas pela bancada ruralista.
“Essa sequência de manifestações feita por pequenos produtores, familiares, ribeirinhos e extrativistas, mostra que quem vive da floresta não quer desmatamento”, diz Rafael Cruz, da campanha Amazônia do Greenpeace. “Sem florestas não há produção. A agricultura familiar – que leva mais de 70% dos alimentos para a mesa dos brasileiros – fica comprometida, já que é a floresta que garante o clima e as chuvas essenciais à produção.”
Contrárias às alterações no Código Florestal que abrem brecha para mais desmatamento, as organizações presentes no encontro de Parintins aguardam uma intervenção do governo. “Os deputados que representam o agronegócio já mostraram que preferem o caminho do tratoraço, e estão ignorando as demandas tanto da ciência quanto dos povos da floresta na discussão da lei”, aponta Cruz. “Esperamos que o governo cumpra seu papel democrático e faça valer o direito dessas comunidades. Qualquer medida que permita mais devastação é desastrosa para quem depende da floresta para se sustentar.”

7 de fevereiro de 2011

Belo Monte, de problemas! Protesto dia 8 de fevereiro.

Belo monte de problemas, apesar das áreas inundadas, das tribos de índios que vão ser retiradas, o governo mesmo assim insiste no erro, depois de quase 500.000 de pessoas em todo o mundo estarem contra a construção de Belo Monte, iremos às ruas para tentar reverter essa historia, junte-se ao Greenpeace e ao Povo de Brasília para juntos protestarmos contra essa decisão estupida que irá desalojar milhares de índios; a concentração do manifesto acontecerá em frente ao Congresso Nacional a partir das 9 horas,no dia 08 de fevereiro. Contamos com a presença de todos vocês que fazem este mundo um lugar melhor para todos!




Texto: Voluntário, Norton Fernandes.